A Lula e a Baleia.
O filme O Código Da Vinci mudou a minha vida. É que não tinha mais ingresso e acabei indo ver A Lula e a Baleia. Cada vez mais eu me convenço que o caminho para o cinema americano são esses filmes menores, feitos longe da má influência dos grandes estúdios. Enquanto os aguardados blockbusters não cansam de decepcionar, os filmes independentes brilham, corajosos e sem concessões. Não tenho dúvidas que a maioria do público presente na sessão de sexta estava ali por acaso, assim como eu. E assim como eu, deram de cara com um filme duro e verdadeiro, sem final feliz. Na verdade, o filme não tem sequer o que estamos acostumados a chamar de final. A Lula e a Baleia, mais do que um “filme sobre divórcio”, mostra a incapacidade que as pessoas têm de penetrar no mundo das outras, de saber o que está acontecendo. E que a barreira entre pais e filhos é, na verdade, virtualmente intransponível. O filme me fez voltar à época da separação dos meus pais, e ter ainda mais certeza de que em relações fracassadas não existem vítimas, só culpados. Entre códigos da vinci e missões impossíveis, fique com Três Enterros ou A Lula e a Baleia. Eles merecem muito mais a sua atenção.
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