46. O Mágico de Oz (Victor Fleming, 1939)

Se por acaso eu estivesse sentindo falta de cérebro, coração ou coragem, pegaria a estrada de tijolos amarelos para encontrar o Mágico de Oz, que acabaria me convencendo que eu sempre tive tudo isso. Por exemplo: se eu não tivesse cérebro, não perceberia as qualidades artísticas do filme, muito menos seus significados psicanalíticos (sonhos que revelam nossos medos e desejos mais ocultos) e até políticos (bruxa boa do oeste, bruxa má do leste...). Se eu não tivesse coração, não me emocionaria com a Judy Garland cantando Over the Rainbow, ou quando ela admite para a tia Em que não há lugar como a nossa casa. E finalmente, se me faltasse coragem, não escreveria com todas as letras que O Mágico de Oz, uma produção para crianças, repleta de canções bobinhas e anõezinhos, é um dos melhores filmes de todos os tempos.
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