Monday, September 11, 2006

Novas.

Nem tão novas assim, na real. Só nesse fim-de-semana descobri a série Curb your enthusiasm, graças ao canal de séries da HBO, que tá repetindo tudo que eles já produziram, desde a primeira temporada. E (tirando Os Simpsons, claro) já dá pra dizer que é a coisa mais engraçada que eu vi na TV. Estrelada pelo genial Larry David, co-criador de Seinfeld, fazendo o papel dele mesmo, a série procura mostrar que mesmo um humorista de sucesso pode ter uma vida cheia de problemas (por outro lado, se a vida de Larry David não fosse assim, talvez ele não fosse um humorista de sucesso). O grande achado da série é a cara de reality-show, que torna ainda mais convincente a idéia de que tudo é inspirado na vida real do cara. É impressionante a capacidade que o personagem tem para se meter em problemas. Tudo que ele faz tem alguma conseqüência maior duas cenas mais tarde. E a gente ri impiedosamente.

Hoje é 11 de setembro. Lembro direitinho quando o Daniel Poletto chegou na sala da criação da Competence, falando daquele jeitinho peculiar, que lembra um Hardy-Har-Har sarcástico: “Bah, liga a TV que um avião bateu no World Trade center.” Ligamos a TV a tempo de ver ao vivo o outro avião se chocar com a outra torre. E não se trabalhou mais naquele dia. Cinco anos depois fui ver o filme Vôo 93. E que surpresa. Trata-se de um filme feito com a maior seriedade e respeito, com autênticos propósitos artísticos e humanistas. Tenso e realista do começo ao fim, o filme proporciona uma verdadeira experiência para quem assiste. A gente sente um pouco do que as pessoas envolvidas com o evento sentiram naquele dia. E esse pouco já basta pra dar vontade de sentar num banquinho e chorar pela humanidade. Não chorei. Engoli em seco e fui dar uma banda na Padre Chagas pra relaxar.

Conheci a pouco outro escritor genial. Não pessoalmente, craro. Mas lendo um livro dele, espertinho(a). Comprei Dália Negra, na expectativa pelo filme do Brian De Palma que estréia mês que vem. E entrei no mundo do James Ellroy, com seus policiais durões e femme-fatales. Mas não se limita a um noir comum. Quem viu o maravilhoso Los Angeles – Cidade Proibida (baseado num livro do cara) já pode ter uma idéia do que se trata. Eternamente torturado pelo misterioso assassinato da mãe, o autor não poupa a gente do que tem de pior no lado obscuro da ensolarada Califórnia dos anos 40. E acaba nos deixando irresistivelmente atraídos por tudo isso.

E o Inter, hein?

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