Tuesday, July 11, 2006

Os sem-floresta, Stephen King, 24 Horas e Lost.

Embora preferisse ter visto Carros, acabamos vendo Os Sem-Floresta. É que sou um rapaz democrático. E ao mesmo tempo em que a democracia pode causar decepções (como é o caso daquele infeliz que a gente tem que chamar de presidente), ela também oferece boas surpresas. Não que não dê pra esperar pra ver essa animação da Dreamworks no DVD ou até no Telecine. Mas também dá pra pagar o ingresso sem medo pra ver o esquilo dublado por Steve Carrell e outros animais-celebridades em oitenta e poucos minutos bem movimentados e divertidos. E sair do cinema com uma música boa tocando sempre engrandece o filme. No caso, é Lost in the Supermarket, do Clash, numa versão tocada por sei-lá-quem.

Na semana passada, vi três filmes baseados em Stephen King: os maravilhosos Conta Comigo e O Iluminado, além do interessante Louca Obsessão. Quando se vê as coisas assim, reunidas, em perspectiva, fica mais fácil se tirar conclusões. E eu não tenho mais dúvida: é gênio da raça. O cara tem uma baita capacidade de criar histórias originais, tristes e assustadoras, com referências pop e um toque de nostalgia. Como eu escrevi num Orkut desses, King sofre do mal de ser contemporâneo. Por isso, é atingido pelo cinismo da crítica. O mesmo acontece com a J.K. Rowling. Não tenho dúvidas de que, com o passar do tempo, Carries, Christines, Harry Potters e companhia vão virar clássicos da literatura popular. A crítica, ao invés de fazer o serviço de separar essa gente boa de charlatães como o Dan Brown, põe tudo no mesmo saco. Quanto ao Stephen King, vou buscar o que ainda não li dele. E depois postar mais elogios aqui.

O que não dá pra elogiar é Lost. Ontem, com aquele episódio patético e involuntariamente cômico sobre o gordão Hurley e seu amigo imaginário, eu passei a acreditar numa teoria da conspiração, como aquelas que pipocam na internet sobre a série: na verdade, aquilo não tem fãs. É tudo uma grande sacanagem que tão fazendo comigo. O motivo eu desconheço. Enquanto isso, 24 Horas lidera as indicações para o Emmy, incluindo uma de melhor ator coadjuvante para o genial ator que faz o presidente Charles Logan. Até vou buscar o nome do cara na internet, que ele merece. Tá aqui: Gregory Itzin. Guardem esse nome. Quanto a Lost, o Emmy fez o que falta muito pouco pra eu mesmo fazer: ignorou completamente.