36. Fargo (Joel Coen, 1996)

“Aqui está você. E está um lindo dia. Bem, eu simplesmente não entendo.” É o que a policial Marge Gunderson diz para o seqüestrador que ela acabou de prender. Para Marge, não faz sentido as pessoas jogarem a vida fora por ambição. Ela não troca por nada acordar todos os dias ao lado do marido Norm, gordo, careca e simplório, cuja maior ambição é ter uma pintura estampada em selos do correio. Afinal, Norm prepara ovos para ela no café da manhã. Essa defesa da vida ordinária, presente em outros filmes dos irmãos Coen, é o que faz de Fargo uma obra que vai muito além da tradicional história policial de crime e castigo. Os Coen não escondem a sua simpatia pelos americanos simples, que só querem viver sem incomodar ninguém. Enquanto alguns personagens falam de seqüestros, resgate e dinheiro, outros falam sobre o tempo. E como faz frio em Minnesota...
0 Comments:
Post a Comment
<< Home