Thursday, August 10, 2006

Noite elétrica.

Ontem saí da agência às sete horas e fui pegar a Marcia pra gente ir no Sakae’s. A noite tava estranha: a temperatura não era, como se costuma dizer, agradável. Acho que a palavra certa é “perfeita”. Até tenho curiosidade de saber exatamente quantos graus os termômetros marcavam. Mas não era só isso. Também chovia. Não. Exagero. Caíam alguns pingos, que sem dúvida contribuíram pra essa sensação absurda de bem estar. Parecia que a noite estava dizendo: “cara, relaxa, tudo vai dar certo, não tá vendo?”. É. Parece estranho pra um cético como eu dizer isso, mas a noite estava me dando um recado. Preparando meu espírito, se é que existe esse tal de espírito. E tinha os caras de vermelho na rua. Sakae’s. O japonês legítimo. Sem afetações. Sem socialites. Simples, caseiro, barato. E perfeito. Vai lá e pede um bentoo. E aquela sopinha-que-eu-não-lembro-o-nome de entrada. Estava a gente e mais uma família no lugar. De vez em quando o vento batia na janela de um jeito um pouco assustador. De longe se ouviam algumas buzinas. E aí me veio: a noite estava elétrica. Quando voltamos pro carro, o flanelinha oficial do restaurante (daqueles que a gente tem que dar um real porque são profissionais e não achacadores) disse, simpático: “Ainda dá tempo de ver o jogo!”. Levei a Marcia de volta pra casa dela e segui pra minha. Começou a chover forte, acho que era granizo no vidro do carro. Eletricidade. Deu tempo de ver o jogo. E hoje eu tô de vermelho.

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