
Se por acaso eu estivesse sentindo falta de cérebro, coração ou coragem, pegaria a estrada de tijolos amarelos para encontrar o Mágico de Oz, que acabaria me convencendo que eu sempre tive tudo isso. Por exemplo: se eu não tivesse cérebro, não perceberia as qualidades artísticas do filme, muito menos seus significados psicanalíticos (sonhos que revelam nossos medos e desejos mais ocultos) e até políticos (bruxa boa do oeste, bruxa má do leste...). Se eu não tivesse coração, não me emocionaria com a Judy Garland cantando
Over the Rainbow, ou quando ela admite para a tia Em que não há lugar como a nossa casa. E finalmente, se me faltasse coragem, não escreveria com todas as letras que
O Mágico de Oz, uma produção para crianças, repleta de canções bobinhas e anõezinhos, é um dos melhores filmes de todos os tempos.