Thursday, April 27, 2006

Frase do Dia.

"No Bom Fim eu só vou quando eu tenho que passar por ali pra ir pro Centro. E eu nunca vou pro Centro."
(Angelo Bolaños)

Monday, April 24, 2006

Feriado.

Feriado tranqüilo. É nessas horas que eu tenho saudades de Floripa. Principalmente de Jurerê, aquela prainha metida a besta e adorável. Lulinhas fritas e drinques na beira da praia enquanto o sol torrava nossas cabeças...nada pode ser melhor. Ok, mas vamos voltar à realidade. Nesse feriado me diverti muito com a NET Digital, recém instalada lá em casa. Mais canais, imagem melhor e programação completa listada na telinha. Fica muito mais difícil perder alguma coisa legal. E foi assim que eu comecei a ver Cabin Fever, do diretor de O Albergue, Eli Roth. Meu Deus, que lixo. Não vi até o fim, mas com certeza é um dos piores filmes que eu comecei a ver na minha vida. E ainda tem gente que quer me convencer a ver o último filme dele. Nem a pau. Também vi na NET a versão original de O Vôo da Fênix. Semi-clássico bem legal. Típico macho-movie dos anos 60, daqueles que enquanto os homens se divertem, as mulheres tiram um cochilo do ladinho. Nenhum romance na trama e só homens no elenco. Entre eles, é claro, o Ernest Borgnine. Ah, revi a versão original de Planeta dos Macacos também. Em plena sexta-feira à tarde. Lembrei da época em que eu podia assistir Sessão da Tarde, onde esse filme, por sinal, passava direto. E não tem nada de semi, não. Esse é Clássico com C maiúsculo. Continua poderoso e perturbador. “Tire suas mãos sujas de mim, seu macaco imundo!”. Vi alguns dos meus DVDs também, mas como em breve eu vou dedicar um tópico à minha coleção, não vou falar agora sobre eles. Me emprestaram o box da 4° temporada de 24 Horas. Pra quê? Agora são duas aventuras do Jack Bauer se misturando na minha cabeça e me deixando tenso, muito tenso. Pra relaxar, nada como uma boa derrota do Grêmio. 3 a 1 pro Cruzeiro e a torcidinha de volta à realidade. Delícia, delícia...
Fora de casa, não fiz muito além de comer um sanduba e tomar um sucão de frutas vermelhas no Saúde no Copo, e gastar quase mil reais na Oxto (pra quê entrar numa loja dessas?). Fora um sorvetinho da Di Argento sentado num degrau de entrada de um prédio da Padre Chagas (no domingo à tarde não tem lugar mais agradável que o Moinhos, fora Jurerê). É, minha vida não tá muito emocionante. Melhor eu continuar falando só de coisas legais, como cinema.
Obs.: passou mais um finde e eu não escrevi uma linha de ficção. O Nobel, o Pulitzer, e até o Açorianos vão ter que esperar mais um pouco.

Tuesday, April 18, 2006

Segundas.

- E aí, meu. Aquela Guinness no Mulligan hoje?
- Tá louco, velho. Hoje é segunda. Começar a semana bebendo não dá.

- Segunda tem palestra de um fodão de São Paulo.
- Tem que ser muito doentinho por propaganda pra já começar a semana vendo palestra. Nem a pau.

- Hoje tem a festa de aniversário do teu melhor amigo, esqueceu?
- Segunda não é dia de se fazer aniversário. Mando um mail de parabéns pra ele e era isso.

Essas situações são fictícias. Mas podem muito bem ocorrer comigo logo, logo. Pode parecer que eu odeio as segundas-feiras. Muito pelo contrário. Na verdade, quando chega a sexta, eu mal posso esperar pela segunda-feira. Mais especificamente, mal posso esperar pelas 22hs de segunda-feira. Toda semana, nesse dia e horário, eu me encontro com um cara. Sim, um cara. O nome dele é Jack Bauer. E pra quem esteve em outro planeta nos últimos tempos, ele é o personagem principal da melhor série de TV de todos os tempos, 24 Horas. Chamar 24 Horas de série de TV é desmerecer um pouco essa obra-prima de inteligência e suspense mortal. Porque cada temporada de 24 Horas é na verdade um filme com roteiro e direção perfeitos que dura um dia inteiro (o sonho de cinéfilos obsessivos como eu). Se os caras que escrevem e dirigem esse primor fossem para a tela grande, o cinema americano estava salvo. Não. Não é exagero. Cada cena de 24 Horas é carregada de tensão e cada episódio tem uns dois ou três twists que não deixam a trama esmorecer. Quando você pensa que o mundo já está salvo, que nada mais vai te surpreender, e que o Jack vai passar o resto da temporada jogando baralho com os parceiros na sede do CTU, surge mais uma revelação e mais uma ameaça ainda mais terrível e angustiante que a anterior. Ando mais tenso ultimamente. Se eu tiver um treco, processo a Fox. Ah, processo. Bando de irresponsáveis.
Obs.: tente assistir as temporadas desde o início, senão 24 Horas não vai pegar você. Alugue as caixas na locadora ou espere o início de uma nova temporada na Globo ou na Fox.

Wednesday, April 12, 2006

V for Vendetta.

Fazia tempo que eu não saía do cinema tão feliz. V de Vingança é daqueles clássicos pessoais instantâneos. Um filme corajoso, inteligente, vigoroso e emocionante, que consegue superar a HQ do Alan Moore. Verdade seja dita, não me empolguei muito quando li a história. Os fãs mais xiitas (aliás, como todos os radicais, uma racinha intolerante e intolerável) reclamaram da adaptação. Mas aqueles para quem o filme foi feito, as pessoas que gostam de cinema (e não a meia-dúzia de leitores que a HQ teve), não têm do que se queixar. Pelo contrário, deram de cara com um drama futurista que prende a atenção do começo ao fim e que surpreende por ser uma superprodução que ataca de frente os governos atuais de países como Estados Unidos e Inglaterra. O filme também não poupa a letargia popular, ao mostrar o duro processo de conscientização da jovem Evey Hammond, interpretada com genuíno envolvimento pela bela e talentosa Natalie Portman, a anos-luz da fraquinha Rainha Amidala (a culpa era do diretor, lembra?). O Alan Moore pediu pra tirar o nome dos créditos. Azar o dele. V de Vingança é uma obra-prima. Aliás, alguém sabe onde se compra baratinho uma máscara do Guy Fawkes?

Monday, April 03, 2006

Fim-de-semana.

Nesse fim-de-semana, comprei e revi os clássicos Os Intocáveis e No Calor da Noite, filmes que pertencem àquela rara categoria de “quanto mais o tempo passa, melhor fica”. Não, não vou compará-los aos melhores vinhos. Vi no cinema o filme do cineasta brasileiro mais bem-sucedido de todos os tempos, Carlos Saldanha. Nada de Glauber, Babenco, Walter Salles ou Fernando Meirelles. O diretor de A Era do Gelo 2 é o cara da hora, na estréia que mais fez grana em 2006. Quanto ao filme em si, é bem, mas bem divertido mesmo. Não tão bem-feito ou inspirado quanto os da Pixar, mas plenamente satisfatório pra quem vai já sabendo disso. A única coisa que me tirou do sério nesse finde (além da patética e injustificável euforia da torcidinha gremista) foi a matéria da Veja sobre V de Vingança. Ao invés de uma crítica pontual sobre o filme, era um texto político, seguindo a linha editorial pra lá de reacionária dessa revistinha asquerosa. Quer ler a Isabela Boscov defendendo a Margareth Thatcher? Compra a Veja. Mas eu recomendo ignorar a revista e estar lá na estréia sexta-feira. Chega sexta-feira, chega.